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sábado, 31 de janeiro de 2015

Muita diversão e sorrisos

 
Paixão por jogador de futebol
Futebol não é o esporte muito praticado na vila onde moro. Quase todos que moram aqui, preferem jogar basebol. Isso ocorre devido à proximidade com a Venezuela. Estamos tão perto desse país que do outro lado do rio já tem uma pequena cidade venezuelana. Lá é o local onde sempre frequentamos, tanto para fazer compras, quanto para estudar. Por mais que ainda é bem pequena, tem mais recursos do que aqui onde moro.
Então, todos aqui têm mais contato com a cultura venezuelana e muito pouco, em relação à brasileira. Mas, mesmo assim, a minha maior paixão é pelo futebol. Porém, o mesmo não posso dizer dos outros garotos de minha idade que vivem por esses lados do país.
Nos finais de semana, eu sempre procuro alguém para jogar uma pelada no campinho, só que ninguém aceita jogar futebol.
Tenho uma bola para jogar futebol que já está bem velha e outra que fica exposta bem na entrada do meu quarto. Esta ninguém coloca a mão. Eu ganhei do meu tio que a trouxe da cidade grande. Ela está autografada pelo maior jogador de futebol que já vi jogar na televisão. Por isso, não deixo ninguém encostar a mão nela. Portanto, ainda espero um dia poder vê-lo de perto e mostrar a bola que guardei com tanto carinho. Devido a esse desejo, já tenho até planos de que, quando eu estiver maior, vou para a cidade grande a fim de conhecê-lo e também jogar em um time famoso.
As paredes do meu quarto são cheias de foto do meu ídolo no futebol. No meu guarda-roupa tenho guardadas todas as camisas dos times pelo qual ele já jogou. Tenho também chuteira, meião, short, caneleira, boné, toalha de banho e rosto. Para completar, tenho até um relógio de parede com o nome dele.
Durante todos os dias, somente uso as camisas de futebol que tem o número e o nome dele nas costas. Até quando vou para a escola coloco a camisa do meu time por baixo do uniforme. 
 No meu aniversário de quinze anos já pedi para meu pai de presente a possibilidade de tatuar a imagem do meu ídolo no formato de caricatura no meu braço. Quero que ele esteja com a bola de baixo dos pés e erguendo uma taça de campeão. Essa pose foi a que ele fez quando foi eleito o melhor jogador de futebol do mundo.
Aqui na vila todos falam que eu jogo muito bem futebol. Dizem também, que provavelmente serei um grande atleta. Entretanto, eles falam que preciso ganhar mais corpo porque sou meio franzino.  Outros comentam que essa profissão é muito concorrida e preciso de sorte para chegar ao sucesso. Contudo, sei que na hora certa as coisas acontecerão de acordo com o que eu preciso para poder vencer no esporte.
No próximo final de semana, meu pai já falou que vai conversar com o treinador de basebol sobre mim. Mas não gostei muito, pois já falei para ele que gosto de bater na bola com o meu pé esquerdo e não com um taco de madeira. Após ouvir isso, ele retrucou dizendo que devo dar uma chance para o basebol.
 Não quero contrariar meu pai, por isso terei que ir lá. Mas, vou com a minha chuteira, meião, o short e a camisa do meu ídolo. Tenho certeza que eles ficarão surpresos a me ver chegar vestido assim. Somente quero mostrar com isso, que posso até trair o meu esporte favorito. Entretanto, não traio o meu maior ídolo.
 Então, no momento, a única coisa que posso fazer é tentar ganhar condicionamento físico, mesmo sendo no basebol. Durante as jogadas, procurarei pensar como um jogador de futebol mesmo jogando em outro esporte. Assim, a dor da mudança não me fará tão mal.
Meu avô sempre dizia que, Cada pessoa dança conforme a música tocada. Por isso, vou tentar entrar no ritmo oferecido pela vida.

Mari Silveira

Essa e outras você encontra no livro: Garotos adolescentes têm segredos
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