Eles resolveram abrir o diário e contar sobre suas emoções, aventuras, amores e trollagens
Primeira
Skate mania
Já
são 07h30min e estou atrasado para o trampo. Mas, vou de boa porque sou ótimo
no que faço e sendo assim, o pessoal da empresa não importarão com um pequeno
atraso.
Hoje
tenho que chegar à empresa LKL e ficar o dia todo só desenhando e ilustrando em
3D. Curto muito fazer isso, porém hoje acordei querendo fazer umas manobras com
o povo lá na praça de esportes. Estou muito querendo dropar, e devido a esse desejo incontrolável, irei para a empresa
de pranchinha. Quero hoje tentar fazer umas manobras ousadas.
Todos
os acessórios de que preciso para deslizar com meu skate já estão na mochila.
Estou, portanto, vestido com estilo, tanto para o trabalho, quanto para
manobrar de ele depois.
-
Bom dia, mãe! Já estou indo para a LKL.
-
Não vai de skate não, garoto. Essas ruas estão cheias de buracos e o trânsito
está muito perigoso por aqueles lados de lá da cidade.
-
Relaxa, minha mãe! Vou somente pela calçada.
Irei
remar bem forte, pois quero chegar rápido. Andar na prancha é muito bom. Sentir
essa liberdade oferecida por esta madeira deslizando pelo chão, não tem preço.
Estar em cima dela é bom demais. Por mais que esse shape esteja meio comprometido, dá para ir de boa. Tenho que ver se
troco este skate, no final de semana,
por um novo. Depois vou para a piscina com os chegados que são profissionais de
manobras.
Que
piriguete linda que vai desfilando
bem a minha frente. Vou remar mais rápido para poder alcançá-la. Quem sabe não
descolo uma “ficada” rápida.
-
E aí gatinha! Deve ser bem gostoso esse “refri” aí. Acordei hoje com uma sede
que você nem imagina.
Ela
nem olhou para o lado e me esnobou geral. Mesmo assim vou insistir.
-
Quer ir à noite lá à piscina comigo? Vamos fazer umas manobras na real por lá.
Tem também, uns chegados maneiros que você vai gostar de fazer amizade com eles.
-
Não curto skate e nem skatista. Quanto à sede, só te dou a tampinha do meu
refrigerante e tem que buscar lá na frente. Pega!
-
Ok! Fui...
Não acredito que tomei esse toco. Ela ainda
jogou a tampinha dele bem longe e queria que eu buscasse feito um cachorrinho.
Será que ela achou que eu iria pegar mesmo aquela coisa?
Uma,
duas, e três remadas no skate e já ganhei muita velocidade nas rodas.
-
Ai...
Que
gosto horrível de sangue. Não acredito que caí de skate e machuquei a minha boca. Tudo isso por causa daquela piriguete. Aquela maldita tampinha de
refrigerante me desequilibrou e soquei as rodas de frente no desnível da
calçada. O momento de um slam é horrível. Dei uma voada rasante e
mergulhei de cara no asfalto com toda vontade. Até quiquei. Quando esse tipo de
tombo acontece nem sabemos como ele foi. Somente nos damos conta o momento, no
qual, já estamos todo ralado e arrebentado junto ao chão. Nossa, acabei de
fazer foi um papel de vacilão. Não
consigo nem olhar para meu redor depois desse mico. Aquela piriguete
deve estar morrendo de rir com o meu tombo. Aquela maldita!
Tenho
que chegar rápido ao trabalho, mas meus joelhos estão sangrando e rasguei a
minha calça. Minha mão está toda ralada e ardendo demais.
Vou-me
levantar, mas a dor está cada vez mais forte. Será que quebrei meu pé? Não
estou conseguindo mexer os meus dedos do pé direito e nem me levantar. Nem uma
pessoa por perto para eu poder pedir ajuda. Preciso achar o meu celular para
poder ligar para alguém lá da empresa e avisar que me acidentei. Nem posso
pedir ajuda para minha mãe, senão irei ouvir um monte de blá... blá...blá.
Ali está meu celular, espero que não esteja
quebrado. Se alguma coisa acontecer com esse aparelho, estarei “ferrado”, pois
é lá da LKL. Tenho um chefão que não é sangue bom, então, portanto, posso ser
castigado por quebrar esse aparelho. Vão descontar uns 500 reais do meu salário
caso alguma coisa esteja quebrada nesse celular. Por isso, de um jeito de
funcionar, seu celular porcaria.
Vou
tentar me levantar sozinho e ir para casa. Como dói meu pé!
-
Precisa de ajuda, garoto? Foi um tombo feio esse. Coloque seus braços sobre meu
ombro, que vou levantar você do chão. Onde você mora? – disse uma voz masculina
calma e amigável.
-
Há dois quarteirões daqui. Tem como o senhor pegar também o meu shape?
- Pegar o quê?
-
Deixa pra lá. Vamos para casa. Mas, antes tem como o senhor ver o que está
grudado em minha calça atrás? Está molhado.
-
Vai querer mesmo saber? Tem um cocô de cachorro grudado perto do seu bolso.
-
Fala sério! Estou todo ralado e ainda sujo de fezes de cachorro?
Acordei
hoje com o pé esquerdo. O que foi que fiz para ter uma manhã tão ruim assim. O
que aquela garota tem? Será que faz parte de alguma convenção de bruxas? Mas, é
claro, hoje é dia de Halloween e mexi
com uma bruxa piriguete. Isso que da
ficar dando conversa para qualquer uma. Preciso rever meus conceitos de “ficadas”
rápidas e não me levar somente pelas aparências.
-
Vamos devagar senhor, porque hoje a bruxa está fazendo manobras de skate contra
mim. Preciso chegar até a minha casa e me benzer.
Nunca
pensei que o meu companheiro de manobras fosse me destruir assim. Agora sei o
porquê que o povo usa acessórios de proteção do corpo para fazer esportes
radicais. Não me protegi, por isso, estou todo ralado e ainda com dor no ego
pelo toco que levei.
Segunda
Garoto muay-thai
Mais
um dia para eu ser o “fodão” do colégio. Vou chegar lá e mandar alguns cascudos
naqueles CDF’S otários. Tenho que dar vários cascudos e com muita vontade.
Serão bem fortes e doloridos para que acordem para a vida e deixem de se
portarem como uns manés. Eles têm que ver que o mundo é dos espertos. Devido a
isso, muitos falam que sou mau. Porém, discordo. Sou um anjo na vida deles. Estou
apenas batizando esses moleques bobos. Tenho o objetivo de que acordem para a
vida e sejam homens fortes.
Sempre
que chego lá no colégio, já irei logo procurando pelos meus amigos, a fim de
formarmos a nossa turma. Somos chamados de Anjos
Negros do colégio. Já pensei até em bolar um escudo nosso e depois mandar silkar em uma camisa para usar debaixo
de nosso uniforme.
Assim
que entro no colégio, todos já sabem que chegou o rei do pedaço. Todos me olham
e abaixam a cabeça em sinal de respeito. Os moleques logo sabem que se me olharem
nos olhos, logo terão que ir para a parede e responder algumas perguntas.
Teve
uma vez que eu e os caras pegamos um moleque, daqueles bem vacilão e o levamos depois da aula para o sinal de trânsito. Lá,
ele tinha que imitar um macaco na frente dos carros e depois passar o boné
pegando moedinha dos motoristas. Demos muita risada com aquela situação. O
objetivo daquele castigo era de que ele conseguisse dez reais para tomarmos um
sorvete. Contudo, o pirralho começou a chorar e aceitamos os sete reais que ele
já havia conseguido depois de duas horas no sinal. Concluímos então, que aquele
moleque não tem jeito. Infelizmente será um zé
mané na vida.
Quando
acontece de algum moleque nos dedurar para a direção do colégio, damos a lição
número 1 nele. Ela é a nossa maior tortura. É assim que ensinamos a nossa lei.
O cara dedo duro, nós o jogamos durante uma semana dentro de uma lata de lixo
que fica numa esquina da escola. Essa parte é muito engraçada, pois todos os
alunos veem ver a cena e começam a rir.
Hoje,
será diferente. Tem um carinha pequeno e novato no oitavo ano. Não conversa com
ninguém descolado e fica somente olhando para as meninas do nono ano. Ele está
se achando o inteligente. Uma garota de sua sala me contou que ele gosta tanto
de aparecer que fica respondendo a todas as perguntas dos professores. Então,
Concluí que ele está precisando saber que não passa de um vacilão. Vou me apresentar
na hora do recreio para o otário.
Assim
que a aula de ciências terminar e o sinal tocar para o intervalo, irei lá para
a sala dos meus dois amigos. Vamos, portanto, juntos fazer uma abordagem direta
ao moleque. Vamos cercá-lo assim que estiver saindo do lanche, pois já fui
informado de que ele come todinho com pastel todos os dias.
O
sinal batendo é uma melodia para os meus ouvidos. Vou-me aquecer. É hora de arrepiar
o cabelo no topo da cabeça. Depois, dobrar as mangas da blusa e fazer uma cara
de mau. O moleque CDF vai se borrar todo quando me vir parado a sua frente.
Hora de chamar os chegados para a diversão.
Só
fiz sinal para os meus amigos e eles já vieram. Logo, nem perguntaram quem é a
carne fresca da vez.
-
Estão vendo aquele pirralho na porta de sala 8B. Vou aproximar dele e vocês
dois ficam logo atrás de mim. Irei parar bem a sua frente e o encarar. Se ele
correr, vocês o seguram.
-
Está perdido por aqui, CDF? Já te falaram que terá que pagar uma prenda para
mim?
Ele
ainda não teve coragem de me olhar, então irei ser bem chato e gritar no ouvido
dele.
-
Mané, você é surdo?
-
Sou não! Também não gosto que um homem sem aproxime assim de mim.
-
Então o moleque fala e é atrevido?
-
Olha cara, cheguei e faz pouco tempo nesse colégio, e não quero brigas.
Vou
chegar mais perto desse moleque e segurar na gola de sua camisa. Quero ver se
ele vai falar mais alguma coisa.
-
E ai, vai chamar a diretora agora para eu te soltar?
-
Não! Saia da minha frente!
Não
acredito que o pirralho me empurrou.
-
Prepare-se para a pancadaria, moleque.
No
primeiro golpe que eu dei nele, não sei que tipo de luta o moleque faz, somente
sei que tomei um chute e fui parar na parede. Não sei como ele conseguiu me dar
tanto chute no rosto, uma vez que sou bem maior que o pirralho.
-
Estou zonzo, cadê os meus chegados? Aqueles covardes correram.
- Nossa! Onde estou deitado? Por que estou
deitado? Que eu saiba, estava no pátio da escola. Como a minha orelha dói.
-
Onde estou?
-
Na enfermaria. Acabou de levar uma surra do pirralho novato.
-
E vocês dois correram?
-
Lógico! O moleque te deu vários golpes de Muay
Thai em você.
-
Vocês tinham que segurá-lo para mim.
-
O que? Fala sério! Nós íamos levar uma surra dele também. Segue o nosso
conselho. Acho melhor deixar esse vacilão
para lá.
-
É você tem razão, amigo. Alguém vai ensinar a ele como ser esperto. Agora vão,
pois quero ficar sozinho. Estou meio zonzo.
Levei
uma surra de um garoto. Que humilhação. Perdi meu trono de fodaço. Acho que não
quero mais ir para o recreio não. Todos vão me zoar para sempre agora. O que quero
no momento é ir para casa. De agora em diante, deixarei a turma dos Anjos Negros, pois eles me deixaram na
luta, sozinho. Quero ligar para minha mãe e ir para a minha casa. Acho que vou
vomitar, pois está tudo rodando.
Terceira
Terror com filme
O
povo está reunido e faz uma hora na sala da casa de nosso amigo de infância.
Aproveitaram que os pais dele saíram para assistirem a um filme de terror e
suspense. Eles me chamaram, mas desisti de ir quando estavam já saindo para lá.
Hoje,
estou meio que entediado. Quero muito é descolar algo diferente para sentir uma
adrenalina com diversão e ousadia. Por isto, já estou bolando uma pegadinha
para fazer com a galera e deixa-los borrando de medo. Não quis ir ver o filme,
mas já estou pensando em estar lá também. Aparecerei de forma que ninguém me
verá.
A
casa desse amigo, o qual está oferecendo esta noite o cinema, é antiga. Tem ao
seu redor um enorme jardim que está meio que abandonado. O mato está alto. Por
isto, será um ótimo aliado meu para pregar uma peça. Vou me esconder nele e
aprontar bem no meio do filme.
Pelo tempo que eles que já foram, devem estar
quase nas partes mais emocionantes e trágicas. Irei aproveitar que estarão em
silêncio e concentrados e vou trollar muito com eles.
Tenho
um plano. Ato primeiro: Jogar pedras no telhado da sala e me esconder próximo à
janela, a fim de ver a reação deles. Quero observar quem terá a coragem de vir
do lado de fora para ver o que está acontecendo.
Plano
em ação: Primeira pedrinha lançada. Já se passaram dois minutos e ninguém veio
conferir o que poderia ser. Isto, já era esperado.
Pedrinha dois
lançada. Agora apareceu um para observar o que está acontecendo. Vou posicionar
o espelho virado para a janela. Assim já vejo na melhor posição, quem é o
corajoso. Quero ver a cara de assustado dele...A continuação está no www.amendoasverde.com.br sessão crônicas
Confiram lá e descubras outras curiosidades desse mundo juvenil masculino
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