Com formato que lembra muito os skates old school, criados
na Califórnia quando eram usados em rampas e ladeiras para manobras, os
mini cruisers têm hoje sua melhor utilidade para quem usa o skate como
meio de transporte.
Isso porque o equipamento conta com rodas maiores, que garantem bom desempenho também nos asfaltos esburacados.
Além
disso, cabe facilmente dentro de uma mochila devido ao tamanho reduzido
– possui apenas 58 cm de comprimento - e tem alta durabilidade,
característica que favorece para esse novo uso.
Feito
com material de plástico resistente, o mini cruiser é praticamente
inquebrável - foram realizados diversos testes com carros “atropelando”
mini cruisers e eles saíram intactos. Fora isso, outra vantagem: não
apresentam problemas no contato com a água.
Raphael do
Nascimento Antunes tem 22 anos e estuda Geografia. Ele conta que usa o
mini cruiser - também chamado de “fish”, pelo formato similar a um peixe
- tanto nos momentos de lazer, quanto para ir da academia à faculdade.
“Mesmo que o preço ainda esteja um pouco alto, vale a pena trocar em
determinados momentos o carro ou ônibus pelo fish”, diz.
“O mini cruiser é muito rápido e pequeno, o que
facilita a locomoção na cidade. Mesmo quando preciso pegar transporte
público, ele é pequeno e fácil de carregar na mochila.”, conta o jovem.
Segundo Raphael, com somente uma remada é possível ficar em cima da
prancha por um bom tempo sem precisar de mais impulso.
De acordo com o gaúcho Biano Bianchin, skatista
profissional com mais 25 anos de prática, o mini cruiser é ideal para
quem quer usar o skate como meio transporte, sendo mais ágil e prático
para locomoção nas cidades.
“Ele
tem essa maior agilidade por ter rodas maiores e macias, ao contrário
das rodas menores e mais duras do skate tradicional”, explica. “Isso faz
com que o skate não ‘tropece’ nas ruas esburacadas e em pequenos
obstáculos.”
Para se adaptar aos dias de hoje, os novos
mini cruisers se diferenciam dos antigos skates old school pelo fato de
terem muitas opções de cores e um estilo inovador. Uma marca australiana
oferece grande variedade de shapes e rodinhas coloridos – todos em
plástico de alta resistência e já a venda no Brasil em lojas
especializadas, por preços que vão de R$ 200 a R$ 800.
Para
se aventurar em um mini cruiser, no entanto, Bianchin avisa que é
preciso ter noções básicas do skate tradicional, além de, é claro, estar
sempre bem protegido com equipamento de segurança. “Por ele ser muito
pequeno, é mais difícil se equilibrar”, diz.
E aqui vai
uma dica: se você quer entender um pouco mais sobre esses modelos, vale
a pena assistir ao filme “Os Reis do Dogtown”, que conta a história dos
Z-Boys, skatistas que revolucionaram o cenário do skateboard nos
Estados Unidos através dos mini cruisers.
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