Dizer o que quiser e jamais ser reconhecido: tentador. Mas sofrer com uma fofoca maldosa? Ódio mortal, no mínimo. A mistura dessas sensações sustenta a polêmica em torno do Secret, aplicativo que começa a se popularizar no Brasil - chegou às lojas virtuais em português da Apple e do Google no fim de julho.
Raposinha atrás da porta: ícone do Secret |
Lançada em janeiro nos EUA, a aplicação promete anonimato aos participantes da rede. A plataforma se conecta ao Facebook ou à sua agenda telefônica - mas os nomes dos amigos não aparecem. A lógica seria publicar e ler segredos, e tecer comentários a respeito.
"Ficar anônimo entre amigos não é possível em outros locais. Seja responsável e vamos fazer do Secret uma grande comunidade", diz o texto de apresentação da ferramenta. De fato, o que chama a atenção em aplicativos do tipo é a falta de paralelos nas relações interpessoais - e é claro que nem todo mundo é responsável como pedem os criadores da brincadeira.
Assim, se as pessoas falam bobagens e postam absurdos no Facebook, a questão não está na rede: afinal, as pessoas falam bobagens e absurdos também fora do Facebook. Mas em qual praça pública é possível dar um grito, falar mal de uma ex-namorada, colocar a foto dela, delatar uma intimidade e não ser reconhecido?Essa é a discussão moral e ética que decorre dos abusos do aplicativo. Para ilustrar esse post, escolhemos, obviamente, segredos publicáveis. Mas o teor da maior parte dos comentários está longe dessa 'leveza'.
Quem tem amigos assim...
O Secret é mais um expoente da confusão que se criou em torno do termo amigo - especialmente na internet. Se a figura é de fato digna de seu ciclo de amizades (verdadeiras, de longa data, para a vida toda, como deveriam ser as amizades), não há lógica em compartilhar um segredo anonimamente. Contato, colega, conhecido seriam nomes mais adequados.
Em tempo: as regras de uso permitem e encorajam denúncias de mau comportamento. Mas a internet não é escrita a lápis e com o print screen a dois toques, qualquer fofoca fugidia pode ser transformada em imagem mais ou menos permanente - que pode circular em Whatsapps e Instagrams da vida e fugir do 'controle' do Secret. É estrago suficiente.
"Esperamos que nossos usuários nos ajudem a criar uma comunidade que seja espaço libertador para que as pessoas possam se expressar autenticamente". É, Secret... Talvez com uma outra humanidade. Nesse ramo, infelizmente, na maior parte das vezes a única coisa sensível (ao toque apenas) é a tela do smartphone.
fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia
criadores do polêmico aplicativo Secret
Ex-funcionários do Google, David Byttow e Chrys Bader-Wechseler lançaram a primeira versão do aplicativo no início deste ano.
O Secret foi lançado em janeiro deste ano, inicialmente com versão apenas para iPhone. Em entrevista ao site Tech Crunch poucos dias após o lançamento do app, Byttow disse que o Secret era como um "baile de máscaras; você sabe quem foi convidado, mas não sabe o que cada um está falando".Na entrevista, Byttow afirma ainda que um dos objetivos do serviço é permitir que as pessoas falem coisas que não gostariam de ter associadas as seus nomes. Segundo Byttow, o tipo de conteúdo compartilhado no Secret tende a ser mais emocional do que no Facebook ou Twitter, redes em que os usuários tentam criar uma imagem perfeita de si mesmos.
O Secret foi criado pelos americanos David Byttow e Chrys Bader-Wechseler, ambos ex-funcionários do Google.
Byttow
trabalhou no Google por quatro anos e também ocupou cargo de destaque
na badalada startup de pagamentos móveis Square, criada por Jack Dorsey,
um dos fundadores do Twitter.
Já Bader-Wechseler foi
gerente de projetos no Google, onde lançou o app de fotos Photovine e
trabalhou também em projetos do YouTube e Google+.
Dornan
conseguiu o papel após o ator Charlie Hunnam desistir do projeto.
Oficialmente, a produção alegou que Hunnam tinha outros trabalhos e não
poderia participar das gravações, mas nos bastidores comentou-se que ele
se assustou com a repercussão do filme.
Veja o trailer de "50 Tons de Cinza":
"50
Tons de Cinza" narra a relação apaixonada entre a estudante de
literatura Anastasia e o rico e misterioso empresário Christian Grey.
Publicado em 2011, tornou-se um fenômeno cultural, gerando
desdobramentos e paródias.
Dirigido por Sam Taylor-Johnson, o
filme também tem no elenco Dakota Johnson, Jennifer Ehle, Luke Grimes,
Victor Rasuk, Eloise Mumford, Max Martini, Rita Ora, Marcia Gay Harden e
Callum Keith Rennie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário