Britânica lança young adult sobre incesto: “Queria algo diferente e extremo”
“Proibido”, de Tabitha Suzuma, chega às livrarias brasileiras fazendo barulho ao retratar romance entre casal de irmãos. “Já existem ótimos livros sobre romances proibidos por aí, então queria falar sobre amor completamente proibido”.
Uma história de amor no estilo “Romeu e Julieta” não era o bastante para Tabitha Suzuma, britânica autora do polêmico “Proibido”, que chega agora às prateleiras brasileiras pela editora Valentina.
Ela queria ir além do romance condenado ao fracasso já presente na
literatura mundial e decidiu apostar em um tabu: o incesto. “Queria
achar um romance completamente proibido”.
“Um em que a relação não seria só inaceitável para os familiares e
amigos dos personagens, não apenas em sua cidade ou país. Queria
escrever uma história de amor que poderia ser condenada em todo o
mundo.”
No livro, que fez barulho em seu lançamento em países como Espanha,
Alemanha e Grécia, Lochan é um garoto de 17 anos extremamente tímido que
precisa cuidar dos irmãos mais novos após o pai abandonar o lar e a mãe
se tornar ausente.
Sua irmã mais nova, Maya, 16, o ajuda a carregar este fardo que
parece pesado demais para dois adolescentes. E é neste contexto, onde
eles precisam agir praticamente como marido e mulher, que eles acabam se
apaixonando. “Já existem ótimos livros sobre romances proibidos por aí,
então eu queria achar algo diferente e extremo”, explica a britânica.Ganhadora do Young Minds Award e Stockport Book Awards, a escritora, que também já viveu um “relacionamento proibido”, admite que escreveu o livro sabendo que ele chocaria bastante. “Eu sempre fui uma ‘autora rebelde’ de um certo modo. Sempre escrevo exatamente o que quero escrever, não o que editores querem ou achem que vá vender”, conta. Ainda assim, ela ficou um pouco insegura sobre a obra. “Não sabia se alguém iria ler um livro sobre um tabu desses, mas eu também sabia que esta era a história que eu queria escrever há muitos anos”, confessa.
A resposta dos leitores, no entanto, foram muito positivas. Alguns estranharam, torceram o nariz para a sinopse de “Proibido”, porém, de acordo com a escritora, acabaram entendendo como uma situação dessas poderia acontecer. “Fiquei impressionada em como as pessoas podem ter mente aberta”, diz.
Ainda assim, Tabitha procura deixar claro que não procurar incentivar este tipo de relacionamento. “Em nenhum momento do livro eu peço ou espero que os leitores vejam o incesto como algo aceitável. Meu livro apenas pede para eles colocarem de lado qualquer julgamento.”
E o fato de ela mesma parecer não condenar ninguém ajudou adolescentes que estavam vivendo uma situação parecida com a descrita no livro a entrar em contato com ela. “Sei que a vida será muito difícil para eles se continuarem a seguir neste caminho, mas eu realmente espero que eles achem ajuda e apoio para lidar com seus sentimentos”, deseja Tabitha.
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